terça-feira, 19 de outubro de 2010



Geocronologia  [geo=Terra; chronos=tempo; logus=estudo]

Consiste no estudo do tempo geológico, através da datação absoluta e relativa dos diversos eventos geológicos como a deposição de sedimentos, a formação de depósitos minerais ou a cristalização dos mesmos.

As modernas técnicas de Geocronologia tornaram-se ferramentas indispensáveis para a cartografia geológica, sendo utilizada sistematicamente há várias décadas por geólogos em todo o mundo.

O método U-Pb é hoje a mais poderosa ferramenta Geocronológica. E o zircão, devido à sua ampla distribuição na maior parte das rochas ígneas, sedimentares e metamórficas, e às suas características isotópicas, constitui-se no principal e por vezes único acesso à história mais remota da crosta terrestre. A alta temperatura de bloqueio (~8000C), aliada à propriedade de preservação do sistema isotópico U-Th-Pb permite a discriminação dos eventos mais antigos dos mais novos, sempre que o evento mais novo alcançou equilíbrio, mesmo em estágios avançados de fusão parcial ou de metamorfismo de alta pressão e temperatura. Devido a este facto,"um zircão é para sempre", semelhante à frase imputada ao diamante “diamonds are forever”.


Bibliografia:

Serviço Geológico do Brasil:


(pesquisa feita dia 18 de Outubro de 2010)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010



Os Estratígrafos - Dedicam-se especialmente ao estudo das sucessões de estratos depositadas nos ambientes existentes na Terra através de sondagens ou por métodos indirectos; existem Estratígrafos que estudam sequências estratigráficas noutros planetas (como por exemplo Marte) reveladas em imagens transmitidas por satélites.


A estratificação consiste na disposição característica das rochas sedimentares, em camadas ou estratos[1] sobrepostos.

[1]Camadas ou Estratos: corpos rochosos caracterizados por certas propriedades que os distinguem dos corpos adjacentes. A separação entre camadas vizinhas pode ser brusca e bem visível ou pode ser gradual (verificando-se a mudança de certas propriedades como a litologia, composição físico-química, conteúdo fossilífero). Podem ter apenas alguns centímetros ou vários metros de espessura.


Estratificação Cruzada(1)


 
Estratificação Cruzada (2)


Descontinuidades Sedimentares

Podem ser descontinuidades Estratigráficas[1], descontinuidades Sedimentares[2] e descontinuidades Diastróficas[3]:

[1]
Quando duas unidades são separadas por um intervalo de tempo considerável diz-se que há descontinuidade estratigráfica. Esta lacuna pode estender-se por alguns metros ou por muitos quilómetros.

[2]
Descontinuidades entre duas lâminas correspondentes a marés sucessivas. Correspondem a um intervalo de tempo muito curto. A extensão é métrica a decamétrica. Podem corresponder a simples ausência de deposição (descontinuidade passiva) ou a destruição parcial ou total da lâmina anterior (descontinuidade erosiva).

[3]
Quando ocorre a junção de uma deformação tectónica com a ausência de determinada unidade litológica.


 Bibliografia:


(referências visualizadas a 14 de Outubro de 2010)

  • http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0103-99892006000400006&script=sci_arttext

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Princípios Fundamentais da Estratigrafia


Princípio do Actualismo as leis que superintendem os fenómenos geológicos actuais são válidas quando aplicadas aos fenómenos que ocorreram no passado.
O princípio das causas actuais, defendido por J. Hutton e Charles Lyell no fim dos séculos XVIII e XIX, é um dos princípios em que assenta a teoria do Uniformitarismo, contrária à teoria do Catastrofismo. Embora seja um princípio aceite, alguns dos seus aspectos continuam por demonstrar.


Princípio da Sobreposição – numa sequência de estratos não deformada, um estrato mais recente sobrepõe-se a um mais antigo e assim sucessivamente. O que vai implicar encontrarem-se os estratos mais antigos no fundo e os mais recentes no topo da sequência estratigráfica.




Princípio da Continuidade Lateral – é a correlação entre estratos ou camadas distanciados lateralmente em diferentes locais na Terra. Iguais sequências de estratos têm a mesma idade.



Princípio da Idade Paleontológica nos estratos, os grupos de fósseis surgem numa ordem definida, podendo reconhecer-se um determinado período de tempo geológico pelas características dos fósseis. Às camadas que possuem o mesmo conjunto de fósseis de idade pode ser atribuída a mesma idade.



Princípio da Intersecção – qualquer estrutura que seja intersectada por outra (seja esta uma falha, uma intrusão magmática ou simples fracturas), a que intersecta é sempre mais recente.

Princípio da Inclusão – o estrato que apresenta a inclusão é mais recente que os fragmentos do estrato incluído.








Bibliografia: